Da Redação
A Companhia das Letras lançou recentemente "Em Defesa de Deus - O que a religião realmente significa", de Karen Armstrong, com tradução de Hildegard Feist e capa de Marcos Kotlhar. O livro tem 400 páginas e o acabamento é em brochura. Da mesma autora, a editora já havia lançado "Jerusalém" e "Uma História de Deus".
Como curiosidade, a Companhia das Letras foi também a responsável pelo lançamento (em 2007) do instigante "Deus - Um Delírio", do biólogo Richard Dawkins. "Se este livro funcionar do modo como espero, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem", havia dito Dawkins sobre sua obra.
Dawkins já recebera, digamos assim, uma "resposta" de autoria de Alister Mcgrath e Joanna Mcgrath, com "O Delirio de Dawkins", da editora Mundo Cristão. Mas este campo é fértil para debates.
A trajetória de Karen Armstrong é pautada pelo rigor acadêmico e pelas marcantes experiências de vida. Freira convertida, seu caminho existencial pode ser visto como um retrato das agonias da pós-modernidade. Tocada simultaneamente pelo chamado da fé e pela lucidez da ciência, a autora aborda, em quase todos os seus livros, a crescente dicotomia entre religião e filosofia, numa tentativa de reconstituir historicamente os fragmentos dispersos dos nomes de Deus. Seu método ecoa o de Gianbattista Vico, para quem imaginação e intuição são as forças motrizes do movimento das épocas. Em Defesa de Deus promove um vigoroso diálogo entre religião e filosofia. A autora ressalta o fato de que cisão entre fé e razão é recente, e que é possível, por meio de uma reformulação de conceitos, entender a religiosidade como parte fundamental da solução dos problemas da atualidade.
Misto de história e filosofia da religião, o livro cobre o período de 30000 a.C. ao século XXI, dialogando com os principais pensadores do sagrado. Dos pré-socráticos, Platão e São Tomás de Aquino a Newton, Darwin e Freud, Em Defesa de Deus investiga os alicerces da fé e da ciência, discutindo as repercussões, nas estruturas sociais, das crenças religiosas e do ateísmo.
A autora
Karen Armstrong nasceu na Inglaterra e foi freira durante sete anos. Ao deixar sua ordem, em 1969, bacharelou-se em literatura em Oxford. Lecionou literatura moderna na Universidade de Londres e, atualmente, além de escritora, é destacada consultora e conferencista na área de religião comparada.
(Com informações do site da Companhia das Letras)
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